Pelos Caminhos dos Artistas e Escritores

José Maria de Eça de Queiroz foi um dos mais proeminentes escritores portugueses do século XIX, conhecido pelo seu realismo e sátira social que apresentava nas suas obras. Foi o único romancista português que conquistou fama internacional, na sua época.

Formado em Direito, Eça de Queiroz exerceu por algum tempo a advocacia, mas foi na literatura que encontrou sua verdadeira vocação. Além dos romances, escreveu contos, ensaios e peças teatrais.

“O Crime do Padre Amaro” foi o seu primeiro grande trabalho, um marco inicial do Realismo em Portugal. Foi considerado o melhor romance realista português do século XIX.

Visite esta celebração a um dos mais conceituados escritores portugueses.

Localizado na freguesia de Canelas, esta obra celebra o reconhecido escritor, Eça de Queiroz! Nesta instalação artística em homenagem a este ilustre membro da famosa Geração de 70, pode-se ler: “A arte é tudo – tudo o resto é nada. Só um livro é capaz de fazer a eternidade de um povo” (Prefácio dos “Azulejos” do Conde de Arnoso). Visite esta celebração a um dos mais conceituados escritores portugueses.

Vai uma curiosidade? Sabia que a primeira escola primária da freguesia de Canelas foi inaugurada por Eça de Queiroz.

A primeira notícia que faz referência a este impressionante local é do ano de 1042. Sabia que o Solar dos Condes de Resende foi um lugar importantíssimo na vida de Eça de Queiroz. Porquê? Foi nesta esplêndida casa que Queiroz se enamorou da sua futura mulher, Emília de Castro Pamplona – irmã dos Condes de Resende que aqui viviam. Pelos jardins, enquanto as camélias desabrochavam, o romance floria!

Venha conhecer este espaço e sente-se junto à estátua de Eça.

Uma das maiores poetisas mundiais do século XX, com uma linguagem íntima que evocava os mares, os dias, os seres e os tempos, Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 – 2004) nasceu no Porto, mas era em Vila Nova de Gaia que passava as suas férias na casa de família junto à Praia da Granja.

A sua família teve uma grande relevância no panorama gaiense, tendo sido em Gaia que o seu avô aportou vindo da Dinamarca, e aqui ficou. Diz-se que teve uma zanga com o capitão do navio, não voltando a embarcar! Por cá, criou o seu negócio de vinho, tendo a família Andresen uma forte ligação aos vinhos.

Refundador do teatro português, criador da prosa moderna, iniciador do romantismo, criador do lirismo moderno, político, jornalista, legislador… Almeida Garrett (1799-1854) nascido na cidade do Porto, passou a sua infância na ilha Terceira, tendo ido com a família para os Açores durante a invasão napoleónica, é um nome icónico de Portugal!

Criador de incríveis obras artísticas da literatura como o poema “Camões” – que iniciou o movimento romântico em território português – ou o majestoso livro “Viagens na Minha Terra” – que incentivou a prosa moderna em Portugal são algumas das suas obras! Inovador, pioneiro, criativo e revolucionário, são alguns dos adjetivos que podemos associar a Almeida Garrett!

Visite o Aqueduto dos Arcos do Sardão que remete a Garrett e à sua família.

Construído em 1720, a pedido de José Bento Leitão – avô materno de Almeida Garrett. Esta incrível obra arquitetónica destinava-se a conduzir a água para o palacete da Quinta do Sardão para uso privativo da família. Visite este impressionante lugar!

António Teixeira Lopes (1866-1942) nasceu em Vila Nova de Gaia e cresceu numa modesta casa junto da Fábrica Cerâmica das Devesas.

O artista gaiense dedicou-se à escultura desde tenra idade, começando a trabalhar na oficina do seu pai. Viveu em Paris e desenvolveu a sua arte com foco em temas históricos e religiosos, retratando individualidades de importância no panorama nacional, como Eça de Queiroz e Soares dos Reis, Teixeira Lopes considerava relevante contar a vida destes em narrações de mármore e bronze.

Considerado um dos maiores escultores portugueses do séc. XIX, António Soares dos Reis (1847-1889) nasceu na freguesia de Mafamude, Vila Nova de Gaia.

Aos 14 anos integrou a Escola de Belas Artes, e em 1867 foi para Paris para frequentar a famosa École Imperiale et Speciale des Beaux Arts onde se distinguiu como o melhor aluno do seu curso!

Quando regressou ao nosso Portugal, em 1872, o seu nome já ressoava pelas terras vastas do país, sendo constantemente solicitado para trabalhos, dos quais se destacam as estátuas de Afonso Henriques e “O Desterrado”, este considerado como a mais notável obra da escultura portuguesa do século XIX. Realmente, Soares dos Reis foi um verdadeiro mestre!

Do pitoresco Largo de S. Sebastião, na acolhedora freguesia de Mafamude, Vila Nova de Gaia, emergiu um nome que ecoa na história das artes: Diogo de Macedo (1889-1959), um escultor e escritor ímpar, orgulhosamente gaiense!

A sua juventude foi passada em Gaia onde aprendeu com o seu primeiro mestre – santeiro Fernandes Caldas – a arte de desenhar, modelar e esculpir. Com apenas 13 anos ingressa na Academia Portuense de Belas Artes. Em 1911 viaja para Paris, como muitos dos artistas daquela época, para aprender mais e junto de outras incríveis mentes criativas.